pescando estrelas
vai o poeta pela beira do rio
- é o seu rio
espelho d’água onde
namora a lua
tão ondulada cá embaixo
que nem parece boiar lá no céu
pito aceso
que é o jeito de ter companhia
e poder suspirar
sem que ninguém perceba
o som leve das pequenas ondas
são música pra quem desde cedo
esgrima um caniço
como se fosse o cetro de um rei
mas para pescar estrelas
o poeta dispensa os acessórios
apenas deita na pequena prainha
e com os olhos descansados
cerrados para o mundo
abre a janela da alma
que dá para o coração da sua amada
quem acredita em distância
jamais será um pescador de estrelas
Nenhum comentário:
Postar um comentário