quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Poema do poeta Morto


quando eu me for
não me enterrem
em cova rasa ou funda

façam-me pó
que ao pó voltaremos
e me joguem ao pé do jasmineiro
que tudo sabe de mim

lá minha eternidade terá paz
cheia de cuidados especiais
perfumada pelo vento
amparada e nada mais

quem disse que mais quererei
serei saudade, não mais homem
despido de orgulho
plebeu e meu próprio rei

deixem-me ir  sereno
que sereno é a lágrima da noite
molhando a folha da planta
do jardim que me encanta


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